terça-feira, 26 de novembro de 2013

OS DESAFIOS E INOVAÇÕES NO CAMPO DA COMUNICAÇÃO

As “Inovações no Campo da Comunicação colocam desafios para a Educação que não devem ser menosprezados quando se pretende a construção da cidadania”, portanto, para tal, devemos estar atentos a como melhor trabalhar com as inovações que nos são apresentadas cotidianamente e que devem ser usadas tanto pelos professores de sociologia, filosofia e língua portuguesa, como entre outros, em Escolas de Educação Infantil e do segundo segmento, e também, pude pensar muito sobre o assunto através da leitura de texto.
O modelo de comunicação predominante na escola é vertical e autoritário na relação entre professores e alunos, e linear sequencial na forma de aprendizagem impedindo que se abra de maneira a enriquecer-se com as novas linguagens dos meios de comunicação.
O autor também faz rejeição ao fato da escola adquirir equipamentos e tecnologias, com o objetivo de ilustração, sempre dos mesmos conteúdos, destacando que a escola precisa alterar suas formas de relacionamento com os jovens, com o conhecimento e com o conjunto da sociedade. Tais mudanças admitem que se entenda a centralidade dos processos de comunicação para capacitar o jovem de forma a adquirir uma mentalidade crítica, fazendo-o, de maneira cidadã, ler o mundo.
O texto chama atenção por conter reflexões, visões e constatações mais atuais que muitos estudos acerca da relação mídia-educação, ou tecnologia e educação “Diante de um professor que sabe recitar muito bem sua lição, hoje senta-se um alunado que, por osmose com o meio ambiente comunicativo, está embebido de outras linguagens, saberes e escrituras que circulam pela sociedade”.
O autor afirma que os mais jovens têm maior empatia cognitiva e expressiva com as tecnologias e com os novos modos de perceber o espaço e o tempo, a velocidade e a lentidão, o próximo e o distante. Assim, a comunicação precisa deixar de ser vista como fenômeno tão somente midiático, de função instrumental, para integrar dinâmicas formativas e planos de aprendizagem “Gente livre, significa gente capaz de saber ler a publicidade e entender para que serve, e não gente que deixa massagear o próprio cérebro; gente que seja capaz de distanciar-se da arte que está na moda, dos livros que estão na moda; gente que pense com a própria cabeça, e não com as ideias que circulam ao seu redor. (...) A educação é moderna à medida que é capaz de desenvolver sujeitos autônomos.”
Observa-se no texto que a aprendizagem de cultura, embora muito comum como assunto abordado em diversas conversas acadêmicas e que, por vezes, nos parecem sempre muito fácil de responder de forma rápida o que são conceitos dominados, achamos, vejo que a compreensão é bem diferente assimilado por cada um e que segundo o autor “antes de falar do papel dos meios de difusão na escola, ou de como introduzir cultura e educação nesses meios, vamos ter a coragem de colocar o problema fundamental: o que é que tem de mudar no sistema educacional”, portanto, devemos ter como objetivo a observação de como conceitos são aceitos e trabalhados, até os que a princípio parecem difíceis para as crianças, principalmente, as menores, podem fazer com que as crianças desenvolvam potencialidades e envolvimentos com as pesquisas sobre o seu ambiente cultural e a sua importância naquele contexto, e como e quão importante deve ser o trabalho potencial dos mecanismos de comunicação, se não se consegue mudar uma educação tão galgada em estruturas que são consideradas difíceis de mudanças.
Não podemos negligenciar a presença dos meios de comunicação no cotidiano das pessoas e como exercem influência sobre elas. Assim o educador deverá aparecer neste novo contexto, buscando entender os processos midiáticos utilizando-os, acima de tudo, para estimular em seus educandos reflexões críticas sobre o conteúdo e a realidade em que estes estão inseridos.
Num momento em que a utilização dos meios de comunicação e da tecnologia da informação proporciona ambientes de aprendizagem que vão além da aquisição dos conhecimentos escolares, um educador deve, portanto, estar aberto a novas metodologias, ser criativo se adaptar a situações distintas e inusitadas que venham a surgir, ser interessado em atualizar seus conhecimentos e, principalmente, constituir uma visão consciente dos meios de comunicação e novas tecnologias.
Junto às tecnologias educacionais deve andar a formação permanente. Por isso, a aprendizagem torna-se desafio contínuo e é fundamental que os profissionais se preparem para novos desafios, buscando mais do que os procedimentos escolares costumeiros.
Refletir e propor ações para que os educadores utilizem essas inovações midiáticas que tanto agradam os educandos deve ser a provocação que move um educador atualmente, principalmente a utilizar os recursos de forma adequada, promovendo uma reflexão crítica.
 Além de estarem abertos às novas tecnologias, estes profissionais devem ter uma atitude crítica frente aos fatos ocorridos em sociedade, promovendo em sala de aula debates sobre ética, política, democracia e direitos, visando à formação para a cidadania. Mais do que a utilização das ferramentas comunicacionais no ensino, a educação cria um ambiente propício ao diálogo e ao relacionamento interpessoal.Isto é muito importante, visto que, fica evidenciada no texto, a importância que “Falar de comunicação significa, em primeiro lugar, reconhecer que estamos numa sociedade em que o conhecimento e a informação têm tido um papel fundamental, tanto nos processos de desenvolvimento econômico quanto nos processos de democratização política e social”, vejo, assim, para a nossa construção enquanto individuo, possibilitando, assim que a possamos desenvolver a nossa inteligência, habilidades e criatividade, dentre outros fatores, desenvolvendo o pensamento crítico.
É preciso que haja uma profunda mudança da perspectiva da educação quanto ao que diz respeito a trabalhar informática, principalmente nas séries iniciais, já que “Não se aprende a ser democrático em cursos sobre a democracia, aprende-se a ser democrático em famílias que admitem pais e filhos “nãoconvencionais”, sem escolas que assumem a dissidência e a diferença como riqueza, com meios de comunicação capazes de dar, verdadeiramente, a palavra aos cidadãos”, assim não se aprende informática também sem se ter verdadeiramente acesso inclusivo.
Assim sendo nosso Blog tem como objetivo nos aproximar de um novo meio de comunicação e dos nossos alunos, enquanto educadores, pois se estamos distantes da tecnologia e de seu uso, também nos distanciamos cada vez mais dos educandos, que por sua vez consideram as escolas chatas e vazias de aprendizagens significativas. Por isso é de fundamental importância à questão da formação ou capacitação de educadores para atuarem na educação formal e não formal utilizando os recursos midiáticos disponíveis nesta sociedade conhecida como Sociedade da Informação.
Concluímos, portanto, a importância do papel da escola, do professor e da família na promoção de condições para que o aluno seja “O cidadão que pede ao sistema educativo que o capacite a ter acesso à multiplicidade de escritas, linguagens e discursos nos quais se produzem as decisões que o afetam, seja no campo de trabalho como no âmbito familiar, político e econômico”, podendo, assim, avançar na construção do conhecimento.
 
 
Jesús Martín-Barbero é semiólogo, antropólogo e filósofo colombiano, um dos expoentes nos Estudos Culturais contemporâneos. É autor do livro “Dos Meios às mediações"

Nenhum comentário:

Postar um comentário